No império do politicamente correto, na hipócrita assepsia
social, o uso de alguns termos e formas de linguagem se tornam crises
institucionais.
Para os incautos e para os mal intencionados, choca mais o
presidente perguntar “o que é golden
shower?” que o vídeo carnavalesco do “BloCU” (sim, este é o nome do bloco
que produziu a famigerada cena) expondo a prática ao vivo.
Parte interessada em ver o circo pegar fogo, se escandaliza
mais com a forma e a linguagem que um cidadão expatriado se expressa, do que com
o conteúdo dos seus pensamentos.
No Brasil que
busca romper a hegemonia do pensamento esquerdista e a cleptocracia residente no país, desde o golpe republicano de 15 de
novembro de 1889, as palavras chocam
mais que os atos.
Parte da população, que procura passar uma imagem alva,
límpida e imaculada fica estarrecida com o presidente chamar o “gado”
esquerdista de “idiotas úteis”, mas
fecha os olhos para a balbúrdia nas universidades federais, com orçamentos bilionários para retornos
científicos pífios, uma massa de professores superior a 10 vezes o que se
encontra no setor privado e salários vitalícios dignos de dar inveja à Corte
Inglesa.
Essa mesma massa, coberta de alvejante, ressoa frames ridículos plantados por bandidos investidos de mandato popular
como: não existe articulação; Bolsonaro não tem um plano de governo; país
governado por um guru da Virgínia; os filhos só atrapalham; os filhos só pensam
em armas e bombas; governo de olavistas radicais; presidente está fritando o
vice etc.
Tal qual a esquerda
sempre fez, o centrão, aliado à grupelhos sustentados pelo establishment,
como o MBL, difundem esses gatilhos,
no melhor estilo soviético de desinformação para jogar a população contra o
governo e conseguir reverter as mudanças que estão em curso.
A guerra do centrão, da extrema-imprensa, de grupos “ditos
isentos” não têm o objetivo de ajudar o país ou melhorar o diálogo, mas sim, reestabelecer a antiga ordem, a corrupção,
os favores, os cargos, as propinas e o poder absolutista que a classe
política tinha sobre fatos e narrativas.
O que essa turma não consegue entender é que não adianta
mais comportarem-se como um bebe recém nascido, que: acorda, chora, mama na
teta, arrota, caga, alguém limpa e volta a dormir em berço esplêndido e repete o
padrão em um eterno looping. Isto não
funciona mais.
As redes sociais nos deram as armas, o centrão nos ensinou
que as ruas têm força e poder de mudança. Aprendemos que democracia se faz com
participação, mobilização e cobrança.
Fomos às ruas para retirar uma presidente corrupta e inepta,
agora, vamos às ruas para defender um governo honesto contra um centrão corrupto
no parlamento.
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José Henrique Westphalen Cientista Político e Mestre em Comunicação |
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